2014 e 2015 foram anos difíceis pra mim.
Me separei de um relacionamento de 5 anos com uma pessoa por quem não era apaixonada, corri atrás de um vislumbre de emoção real com uma pessoa que já tinha me feito sofrer há quase 6 anos. Sofri de novo, chorei, quis morrer.
Me falaram pra aprender a lidar com a dor, com a solidão. Mas eu não conseguia me conformar.
Entre idas e vindas com esse caso do passado (nós nunca fomos um casal), eu fui me cansando também. Mas foi só em julho de 2015 que me deu um clique.
Como um botão que simplesmente desligou, eu me desapeguei. Fiquei bem. Isso me possibilitou, naquele mesmo mês, me interessar por outra pessoa. Não estava conformada, de maneira alguma, em ficar só!
Essa pessoa era promissora, ou eu assim achei. Mas não encaixou. E parecia que eu sentia que não conseguiria ser a boa moça, madura e responsável pra sempre, não me encaixaria naquele papel. Com isso acabei destruindo sozinha.
O meu caso do passado continuou como o amigo que era antes de eu me apaixonar, em 2008... Nós nos falávamos ainda. ele já havia me sugerido entrar no Tinder, segundo ele um bom app pra encontrar fodas.
Mas eu não queria apenas foder, eu queria companhia, queria sair pra comer fora, queria dormir abraçadinha, queria andar de mãos dadas.
Numa segunda tentativa (eu havia instalado o app em maio, mas desinstalei no mesmo dia), eu entrei no Tinder, sem grandes expectativas e com um perfil bem depressivo. Algumas pessoas vieram conversar, tive alguns matchs (mulheres têm essa vantagem, mesmo sem serem muito bonitas).
Com o primeiro match que tive, cerca de um mês depois, eu me encontrei. Nós conversávamos bastante, foi um encontro divertido quando levamos esse papo pro mundo real. Nós ficamos, depois pouco nos falamos. Eu sou surtada e joguei minha carência em cima dele na mesma hora e, claro, o sagitariano correu. Fez bem.
Mas a essa altura eu já estava um pouco melhor, psicologicamente, e mudei meu perfil, também, ainda no Tinder.
Na ocasião tive um outro match que rendeu uma boa conversa. Mesma idade que eu, Luis Claudio, um dekasegi que voltara pro Brasil há algum tempo e morava em Praia Grande. Conversávamos sobre música, desenho, a conversa fluia bem.
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| No dia do 1º encontro |
O match estava lá. Chamei e ele estava disponível pra conversar, foi gentil, amável, divertido e salvou minha noite e minha vida, numa ocasião em que eu queria me matar.
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| 4 dias depois do 1º encontro, apresentada pra família! |
As nossas conversas foram ficando mais pessoais dali em diante. Eu falava mais da minha vida e ele da dele, mas já como amigos, mesmo, não como contatos desconhecidos. Numa noite em que eu estava entediada e meio deprimida em casa, saí pra tomar um vinho no meu café favorito. Chamei o meu match pra conversar, pq queria dividir de alguma forma aquele vinho e aquele passeio.
Fui mandando fotos dos lugares por onde passava, no centro da cidade, fui narrando o que acontecia e aquele nosso passeio virtual foi muito divertido.
Continuamos conversando até altas horas, quando caí no sono, sorrindo pro celular.
Na manhã seguinte acordei e fui desesperada ver o celular, já que tinha deixado o rapaz no vácuo! Quando eu dei enter na mensagem, ele estava digitando também. Falei que tinha sonhado com ele, que tinha ido até a Praia Grande pra fazer um passeio real e nos encontrávamos num barzinho, ele estava acompanhado de alguns amigos quando eu chegava.
Na hora me deu vontade de realizar meu sonho. Falei que iria lá conhecê-lo pessoalmente. O dekasegi foi veementemente contra, afinal era fim de mês e estávamos os dois sem grana. Após uma pequena discussão sobre o assunto (que eu ainda tenho printada), me arrumei e fui.
Cheguei em Praia Grande e fui pro bar onde marcamos. Ele chegou alguns minutos depois. Estávamos os dois meio tímidos, tentando manter uma conversa natural, mas logo ela fluiu, após algumas cervejas. Comi um lanche, ele não aceitou nada. Saímos dali e eu queria tirar o gosto de cebolas da boca, fomos até a Cacau Show e ele fez questão de pagar os chocolates que escolhi.
Caminhamos um pouco pelo calçadão até perto da praia, então sentamos pra comer os chocolates. O dia estava de garoa, fresco, e ali, num banquinho na Avenida Costa e Silva, em Praia Grande, o meu match me beijou. Com gosto de cerveja, cebola e chocolate nós nos beijamos e foi bom, muito bom! A boca dele era macia, se movia de um jeito agradável na minha, a língua roçando na minha....
A sensação foi tão boa, tão íntima que, depois daquele beijo, não me dei conta de ter agarrado a mão dele e não soltado mais, quando andamos pelo calçadão depois. Tomamos mais umas cervejas e o convidei pra ir pra minha casa, em Itanhaém.
Na manhã seguinte eu acordei com os braços dele me envolvendo e um sorriso sereno me encarando.
Daquele dia em diante nunca mais nos afastamos.
Meu match do Tinder, o segundo com quem conversei mais longamente, nós vamos nos casar no mês que vem, 7 meses depois do match, cheios de planos pra uma vida toda!
Luis Claudio, nunca imaginei que encontraria alguém tão perfeito na minha vida, nunca imaginei que iria encontrar num aplicativo assim. Te amo, meu grande amor, meu amado, razão da minha vida!
