Penso no meu vício de paixão e em como às vezes me sinto incompleta sem isso.
O fogo, o desespero, o tesão. Faz falta. Me faz pensar se não está faltando algo.
Mas eu sei o que falta. A Dor. Ela é o vício, sentir que estou sangrando, sentir um vazio desesperador dentro de mim. E isso não é saudável. É masoquista.
Eu conclui que o certo é não ser apaixonada, porque nenhuma paixão que conheci me foi boa.
Aprendizado, claro que foi, mas não me fizeram bem, nenhuma. Me fizeram sofrer, me cortar, pensar em morrer, me drogar (com drogas lícitas, claro).
Tantos amores loucos passaram. Tanto que meus cavalos correram, que me cansaram.
Ninguém aguenta tanta paixão.
Hoje, pré-balzaquiana, me sinto mais morna, e acho que deve ser normal.
Cansei da minha própria audácia, de meus suicídios emocionais. Cheguei à conclusão de que o certo é a mediocridade, que precisams dela ou vivemos na solidão dentro de nós mesmos.
Eu sou menos idealista hoje em dia. Minhas ambições são mais modestas.
Penso que se puder levar um projeto de aulas de música dentro da Guarda Municipal, poderia me aposentar feliz, tendo o meu emprego de 9 anos de casa, mas fazendo o que gosto. Poderia me aposentar aqui, tendo meus filhos com a pessoa que escolhi pra isso, ensinando música às minhas crianças e meus alunos.
Acredito que seja o que chamam de amadurecimento.
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a caminho da eleição |
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meus pézitos gorduchos, com Frisson, de Ana Hickmann |
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Salto Alto, da Colorama |
2 comentários:
Eu acho muito esquisito amadurecer sem dor. Parece q nos falta algo mesmo. Mas é bem isso q acontece agora com vc. Está crescendo emocionalmente, permitindo-se fazer escolhas e não apenas aceitar as escolhas dos outros.
Linda, adoramos seu blog, seu perfil, tudooo!
Estamos te seguindo pois gistamos muito. Beijos
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