Me pergunto se deveria ser como tantas e tantas pessoas que existem, se não forem a maioria, ser como gado. Nascer, crescer, namorar, casar, trabalhar (nem sempre nessa ordem), reproduzir, trabalhar, aposentar e, finalmente, morrer, depois de cuidar dos netos, dos filhos ou dos pais (última opção inválida pra mim). Fazer tudo isso enquanto assistisse Globo, Record, SBT...
Me pergunto se eu não seria mais feliz por abdicar do meu direito nato de pensar. A liberdade de pensamento tem preço alto.
Não digo nem a liberdade de expôr seu pensamento, sem amarras políticas, sociais. Simplesmente a liberdade de pensar e ser quem se é, independente da opinião alheia.
Conheço outros como eu. São todos frustrados, revoltados ou apáticos, sobrevivendo aos próprios pensamentos e cobranças.
A superficialidade tem suas vantagens. Bem às vezes queria estar na superficialidade A profundidade de si mesmo pode ser e o é na maioria das vezes enlouquecedora. Só os loucos retornam de dentro de si mesmos.
Religiões, seitas, políticas, convenções da sociedade, só servem pra criar grupos de semelhantes que se penduram em suas crenças do certo e errado e passam a viver tranquilos dentro de suas expectativas.
Vida dura, dizem eles, mais duro ainda é enfrentar a si mesmo!!! Enfrentar quem se esconde dentro de vc mesmo, aquele ser que te assombra nas suas noites silenciosas e não te deixa dormir. Quando vc se enfrenta e teme a si mesmo, pq é muito escuro dentro de si.
No meio dessa confusão toda que eu sou, me vejo mais adolescente hoje que quando tinha 16 anos. Hoje eu me classificaria como uma patricinha intelectual, que pinta as unhas de neon enquanto lê O Senhor dos Anéis e assiste CSI ao mesmo tempo, conversando sobre informática com o namorado nerd.
Esse assunto está na minha cabeça há dias, desde que li um texto da Iara, do blog Sindrome de Mim Mesma, http://sindromemm.blogspot.com/
Iara, estou te seguindo, gostei dos seus textos.
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